O
ser humano tem tendência ao 0800 negativo, reclamando de certas coisas e
deixando de aproveitar muitas e muitas possibilidades que o planeta oferta para
alegria individual e coletiva.
Além
da família, caridade, caminhar, amar, mar, viajar, ler, futebol, cinema e
pizza, adoro de paixão escrever e, quando passo um tempo sem poder exercitar
esta atividade, fico como se algo estivesse faltando em meu ser.
Este
prazer ocorre quando estamos produzindo algum “escrito”, como o que ocorre neste
exato momento e, depois, quando compartilhamos o texto com o possível público
leitor, seja através do envio por e-mails, pelo Facebook ou via
publicação em jornais e sites diversos.
O
prazer neste momento ocorre principalmente quando o texto produzido, encontra
do lado de lá, ai onde você se encontra, uma serventia, produz uma satisfação
ou provoca uma positiva reação, ao ponto, muitas vezes, do leitor interagir com
o escritor, respondendo, questionando, elogiando e até discordando, claro.
Ao
longo de minha trajetória de escritor, principalmente no que diz respeito aos
artigos, vou percebendo as reações e tirando algumas bobas e óbvias conclusões,
que revelam a vida como ela é.
Quando
escrevo sobre meu deslumbramento com a natureza, das caminhadas, da fusão entre
meu eu interior e o universo, do amor pela família, pelos filhos e por servir a
sociedade através da Casa do Bem, surgem muitos e-mails maravilhosos, de
leitores muito felizes por estar compartilhando sentimentos tão queridos. Este
momento é o de êxtase do escritor, a delícia sem igual.
Já
os textos mais políticos ou com algum teor espiritualista, ao mesmo tempo que
geram posições assemelhadas dos que me leem, proporcionam também uma certa ira
dos que pensam diferente, com pedidos para que não envie mais os “escritos” e,
alguns, muito brabos, discordando e escrevendo coisas impublicáveis.
A
dedução que faço é simples: muitas pessoas não gostam de confrontar suas
posições. Não querem de maneira nenhuma observar, analisar e nem ouvir falar de
algo diferente daquilo que acreditam. Neste momento, o escritor sente dor,
posto que não escreve para ofender e sente a intolerância se apossando de
alguns, cegando e eliminando a possibilidade do contraditório produzir reflexão
ou, no mínimo, informação a mais.
No
meu último escrito uma senhora, diante da proposta que fiz de pôr fim aos
partidos políticos em decorrência do comportamento errático dos mesmos hoje no
Brasil, mandou um e-mail pedindo apartheid de minha produção
e, dizendo, sem meias palavras, que tinha ódio do meu ser.
E
assim vou, entre dores e delícias, fazendo o que gosto muito, escrever, que
dividindo espaço com o amor por tudo e por todos, a prática da caridade e o
usufruto das maravilhas que o planeta azul me oferta, somam o sentido de minha
atual encarnação e nesta missão que está em curso, espero estar fazendo algo de
útil para alguns e produzido de sentido, para outros.
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