Por Carlos A.
Barbosa
Quero participar
também do “Bolsa Cafezinho” do Senado, afinal a Casa publicou edital que prevê gastos de R$ 375 mil para abastecer por um ano o
chamado “cafezinho do Senado”, localizado no plenário da Casa, e que serve
lanches para senadores, assessores e convidados. O edital prevê a compra
de 2 mil pacotes de biscoito, mais de 8 mil frascos de adoçantes, 4.800 quilos
de presunto e queijo, 2 mil pacotes de pão de forma, além de 2 mil litros de
leite, chás e sucos, entre outros itens. Os gastos com o lanche dos
senadores e seus convidados tem custo mensal previsto de R$ 31,2 mil.
Como cidadão
brasileiro, eleitor e contribuinte, acho que tenho o direito ao “Bolsa
Cafezinho” do Senado. Aliás, eu só não, todos os brasileiros. Isso é
brincadeira, R$ 375 mil/ano para bancar o lanchezinho dos pobres senadores, que
saem de casa sem ao menos tomar o café da manhã, supõe-se. Isso sem falar no
auxílio-moradia e os custos com despesas médicas e passagens aéreas, também,
claro, pagos pelo contribuinte que o ajudou a eleger eles.
Não sem razão o
saudoso senador do Rio Grande do Norte, Agenor Maria, disse certa vez que o
Senado era o Céu. Aliás, quem entra lá não quer sair mais. Veja o caso de José
Sarney (PMDB-MA), por exemplo. Já virou patrimônio histórico e cultural do
Senado, tamanho o tempo que está na Casa. Também pudera, com o “Bolsa Cafezinho”
e todas as regalias que o Senado lhe dispõe, quem não quer?

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