Apesar de a Terra ser um
planeta muito limitado diante das potencialidades que a vastidão cósmica
apresenta e de nossa condição de ignorantes galácticos obscurecerem o que ainda
nos aguarda no futuro promissor, ainda assim o ser aqui congregado em expiatória
passagem tem possibilidades de vivências felizes, as quais devem gozar, sob
pena de vagar mais tempo ainda em ambientes tão rudes, diante do que nos
reserva a vida no porvir.
A descoberta das alegrias que
carnavalizam nossas existências com serpentinas de inigualável prazer precisa
ser feita o mais rápido possível, para que cada um de nós incorpore ao
cotidiano, alguns momentos para o desfrute destes passatempos, tornando o ser
individualizado uma fonte unitária de radiação harmoniosa, contribuindo assim,
a partir do um, para um todo de plenitude coletiva, dando vida à premissa de
que a felicidade geral é um ajuntamento de gozos pessoais.
Algumas regrinhas básicas e já
bastante conhecidas de todos nós terráqueos, no entanto, precisam ser
lembradas, para que essas felicidades pessoais obtenham o passaporte devido
para influir no paraíso unificado da coletividade. Esse momento ímpar, essa
catarse universal, só pode ser atingido quando essas alegrias pessoais estão
imantadas por uma ética do bem, por atos, ações e pensamentos que não estejam
contaminados por egoísmo, maldade e hipocrisia.
Diante do exposto, é necessário
buscar no cotidiano tudo aquilo que nos dá prazer, oferecendo o atual conjunto
de possibilidades, espaços para felicidades diversas no campo cultural, nos
esportes, na gastronomia, nos ambientes naturais, na família, religiões,
associações humanitárias, ciências acadêmicas, turismo e no lazer de maneira
geral.
Como autor do presente escrito,
sinto-me na obrigação de tornar público os meus momentos, ficando muito feliz
quando caminho e escuto as músicas de minha predileção, aliando as duas coisas
com o mergulho em bons pensamentos e elaboração de profícuos projetos sociais,
tornando meu ser extremamente feliz nesta mistura, ao ponto de verter lágrimas
e de sentir algo tão bom, que se fosse possível, eternizaria e elegeria como o
mais forte momento de êxtase pessoal obtido em passagem pela presente matéria.
Outra ação que remete meu ser
para o paraíso do prazer é este ato que agora desempenho, o de escrever. Quando
tomo a decisão de realiza-lo, a qualquer parte do dia, imediatamente uma coisa
boa assoma minha mente e tempera meu corpo, ficando ansioso para que logo possa
sacramentar o ritual de sentar, dedilhar e, tornar real para sempre, alguma ideia,
alguma reflexão, algum pensamento, buscando assim retirar a virgindade da
página em branco com letrinhas pretas em Arial 12, que possam conter algo ou
alguma coisa, útil para alguém, na esperança que um possível leitor, retire do
contexto publicado, alguma serventia positiva para sua vida.
Sendo assim caro leitor,
proponho que busque identificar as coisas legais que lhe dão extremo prazer e,
encontre tempo para executá-las, desde que tenham em seu bojo, as leis
planetárias da boa convivência e que, ao serem postas em prática, colaborem
para este paraíso universal da alegria coletiva, do gozo cósmico, afinal, nosso
planeta só vai poder entrar no clube dos demais já mais adiantados, quando a
galera vendo de fora o conjunto das nossas ações, decida que estamos mais para
o bem, que para o mal e, o exercício contínuo das coisas que nos tornam mais
feliz, certamente acelera este processo, tão importante e necessário, para que
possamos viver mais e mais mergulhados nas coisas legais, herança divina que
nos é de direito e, que, por ignorância e repetidas falhas, não acessamos ainda
devidamente.
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