DA FOLHA DE S. PAULO
O governo brasileiro também teve
gastos com as viagens privadas ao exterior feitas pelo ex-presidente Lula.
Ontem, a Folha revelou que 13 de suas 30 viagens ao exterior
após sair do cargo foram bancadas por empreiteiras com interesses nos países
visitados, conforme telegramas obtidos via Itamaraty. Em parte dessas viagens,
Lula recebeu apoio de embaixadas, por meio de funcionários locais ou diplomatas
enviados do Brasil para acompanhá-lo. Há também pagamento de almoços e aluguéis
de material para a comitiva.
Segundo
advogados e procuradores da República, gastos não previstos na legislação podem
gerar ações para ressarcir os cofres públicos. A lei que trata dos direitos de
ex-presidentes não prevê apoio diferenciado no exterior – como no Brasil, são
previstos oito assessores pagos pelo governo, como seguranças e motoristas. Mas
a tradição diplomática costuma considerar isso uma cortesia. Em algumas viagens
de Lula ao exterior, o Itamaraty designou diplomatas do alto escalão para
acompanhá-lo. Foi o que ocorreu em viagem de Lula a Moçambique e África do Sul,
em 2012, quando o embaixador Paulo Cordeiro, subsecretário-geral para África e
Oriente Médio, foi o encarregado da tarefa.
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