A base da leitura floresce no diálogo prazeroso
É inegável caro leitor os prazeres decorrentes dos
ingredientes comestíveis no contato com os labirintos da boca, como igualmente
são maravilhosas as sensações sensoriais advindas da assistência de uma
película bem feita, de um jogo muito movimentado ou de um mergulho praiano
ensolarado.
A vida oferta sempre possibilidades de regozijo
diante de tantas coisas que encaminham nossas existências para alegrias e
felicidades, a despeito de todos os problemas que espreitam nosso caminhar.
Uma dessas fantásticas fontes de êxtase interior
encontra-se quando temos a possibilidade de conversar com amigos, com
familiares, com estranhos, mestres e companheiros de jornada, seja como
estudante, trabalhador ou integrante de algum clube de serviço.
Muitas vezes, verbalizando nossas opiniões sobre
assuntos variados, externando posições, vamos percebendo a variedade de
palavras que empregamos, algumas até incomuns e, notamos às vezes, a facilidade
que temos de trazer a luz da fraterna audiência que nos cerca, a nossa forma de
ver o mundo.
Nesta troca de afagos verbais, curtimos a
capacidade que temos de, através da voz, comunicar nossas interioridades,
causando a nós mesmos um gostoso prazer e, dependendo da situação, impressionamos
positivamente a plateia ouvinte.
Para que esse prazer obtido na verbalização de
nossas opiniões em educadas e respeitosas rodadas de conversações floresça, é
preciso, claro, formar uma base e, ela passa necessariamente pelo mundo das
letras, pela leitura edificante, pela educação que inclua o abraço as grandes
obras, munindo nosso ser de respeitável domínio das expressões e suas
significâncias, nos treinando desde cedo nas mais saudáveis construções
idiomáticas, incutindo em nossa mente sempre receptiva neuronicamente a
conexões intelectuais, as melhores maneiras de transmitir conhecimento
adquirido com elegância, excelência e escolha correta das palavras que,
contextualizadas adequadamente, promovem uma energia excitante, que eletriza
plateias e, conduz o detentor desta arte de perfeita expressão pessoal, a
galgar degraus no direcionamento de sua vida em qualquer área que decidiu
seguir.
Eis, portanto, uma boa maneira de tornar a vida
mais interessante, começar cedo a amar os livros, conhecer sua língua e a de
outros países, buscar a compreensão das palavras marginais à cultura da grande
massa e, detendo o conhecimento adquirido com a ausência de timidez, oferecer a
todos que terão o prazer de contigo partilhar proveitosa conversação, o mundo
mágico da ideia bem colocada, da frase de efeito que encanta e do argumento que
fecha o diálogo, tornando todos os partícipes do mágico momento, diplomados na
universidade dos bons papos.
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