segunda-feira, 18 de março de 2013

Artigo de Flávio Rezende

A base da leitura floresce no diálogo prazeroso 

É inegável caro leitor os prazeres decorrentes dos ingredientes comestíveis no contato com os labirintos da boca, como igualmente são maravilhosas as sensações sensoriais advindas da assistência de uma película bem feita, de um jogo muito movimentado ou de um mergulho praiano ensolarado.

A vida oferta sempre possibilidades de regozijo diante de tantas coisas que encaminham nossas existências para alegrias e felicidades, a despeito de todos os problemas que espreitam nosso caminhar.

Uma dessas fantásticas fontes de êxtase interior encontra-se quando temos a possibilidade de conversar com amigos, com familiares, com estranhos, mestres e companheiros de jornada, seja como estudante, trabalhador ou integrante de algum clube de serviço.

Muitas vezes, verbalizando nossas opiniões sobre assuntos variados, externando posições, vamos percebendo a variedade de palavras que empregamos, algumas até incomuns e, notamos às vezes, a facilidade que temos de trazer a luz da fraterna audiência que nos cerca, a nossa forma de ver o mundo.

Nesta troca de afagos verbais, curtimos a capacidade que temos de, através da voz, comunicar nossas interioridades, causando a nós mesmos um gostoso prazer e, dependendo da situação, impressionamos positivamente a plateia ouvinte.

Para que esse prazer obtido na verbalização de nossas opiniões em educadas e respeitosas rodadas de conversações floresça, é preciso, claro, formar uma base e, ela passa necessariamente pelo mundo das letras, pela leitura edificante, pela educação que inclua o abraço as grandes obras, munindo nosso ser de respeitável domínio das expressões e suas significâncias, nos treinando desde cedo nas mais saudáveis construções idiomáticas, incutindo em nossa mente sempre receptiva neuronicamente a conexões intelectuais, as melhores maneiras de transmitir conhecimento adquirido com elegância, excelência e escolha correta das palavras que, contextualizadas adequadamente, promovem uma energia excitante, que eletriza plateias e, conduz o detentor desta arte de perfeita expressão pessoal, a galgar degraus no direcionamento de sua vida em qualquer área que decidiu seguir.

Eis, portanto, uma boa maneira de tornar a vida mais interessante, começar cedo a amar os livros, conhecer sua língua e a de outros países, buscar a compreensão das palavras marginais à cultura da grande massa e, detendo o conhecimento adquirido com a ausência de timidez, oferecer a todos que terão o prazer de contigo partilhar proveitosa conversação, o mundo mágico da ideia bem colocada, da frase de efeito que encanta e do argumento que fecha o diálogo, tornando todos os partícipes do mágico momento, diplomados na universidade dos bons papos.

Para quem se deleita com o mundo das letras e das verbalizações edificantes, prazer maior não há.

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