Por Andry Morais
Os
legisladores municipais brasileiros precisam aprender que não são eleitos
somente para defender suas ruas e cercanias, hábito que é bastante comum em
nossas cidades. Muitos já deixam isso claro em suas campanhas ao se
apresentarem com o seu "nome de urna" seguido do nome da localidade
que dizem representar. Ora, é praticamente improvável que qualquer vereador
consiga se eleger somente com os votos de sua respectiva rua. Sendo assim, os
legisladores poderiam repensar essa práxis; já a população deve refletir mais
ainda a respeito dessa realidade da política brasileira, a qual geralmente é
pautada em assistencialismo e não projetos públicos de interesse comum - ou
seja - da cidade em geral e não de uma rua ou de um bairro.
Com efeito, um
hospital bem estruturado, uma rua bem saneada e iluminada, uma escola bem
equipada e com ensino de qualidade substituem muitas práticas paliativas
comumente realizadas pelos nobres "representantes do povo" tidas como
benefícios de bom samaritano ou "deveres sociais". A atuação de um
profícuo gestor público está além da esfera meramente individual ou
assistencial, pois vai além das expectativas do senso comum e atinge uma esfera
mais centrada em resultados de médio prazo, com projetos de planejamento e não
ações com objetivos imediatistas. Caso contrário, a população permanecerá no
marasmo rotineiro e recalcitrante que se vê há muito tempo neste país.
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