terça-feira, 13 de março de 2012

Macaíba: Fernando Cunha e seu dilema político

Afinal, Fernando Cunha será ou não candidato nas próximas eleições? Eis a questão!

Por mais que alguns dos maiores juristas do estado afirmem que, com o advento da Lei da Ficha Limpa, as Câmaras Municipais são instâncias soberanas em suas decisões; o ex-prefeito tem afirmado aos quatro cantos que sua pré-candidatura estará mantida mesmo que a maioria dos vereadores rejeite sua prestação de contas relativa ao ano de 2008.

Estranho! Após a sessão legislativa que aprovou o relatório desfavorável à aprovação das contas, personagens próximos a Fernando Cunha confidenciaram a este editor que ele já teria declarado que não mais seria candidato, iria dedicar-se exclusivamente à sua defesa. O que o fez mudar de ideia? Frágeis esperanças alimentadas por uma assessoria jurídica desinformada?

A única luz que ainda existe no caminho do ex-gestor é a possibilidade de recorrer ao Poder Judiciário na tentativa de embargar a decisão tomada pela Câmara, mas todos duvidam que algum desembargador opte por desautorizar a “lei da moda”, que pretende moralizar o cenário político-administrativo: a Lei da Ficha Limpa. Ainda mais quando a decisão do Poder Legislativo Municipal vem embasada em provas e elementos substanciais, não meramente políticos, e apoiada em pareceres do Tribunal de Contas do Estado.

Aliás, é bom lembrar que a suspeita de desvio de recursos (amplamente divulgada pelo Grande Ponto), apurada pela Câmara Municipal de Macaíba, também está sendo investigada pelo Ministério Público Estadual. Caso a Justiça considere-o culpado, poderá condená-lo a devolver todo o valor desviado (cerca de R$ 2 milhões) e, até mesmo, à prisão.

Mas este pode não ser o único abacaxi que Fernando Cunha precisará descascar. Outros 06 exercícios financeiros de suas 02 gestões como prefeito ainda serão analisados e julgados pela Câmara macaibense. (Grande Ponto)

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