terça-feira, 27 de agosto de 2013

Procuram-se figurantes para o velório


O governo moribundo do DEM no Rio Grande do Norte começa a procurar “figurantes para o seu velório”. Diante das exonerações quase que em massa, alguns a pedidos outros não, diria que o governo da médica pediatra Rosalba Ciarlini vive seus últimos meses a procura de nomes que possam recompor o seu secretariado. Com o governo já condenado a morte por rejeição do eleitorado – as pesquisas dizem isso -, está difícil faltando menos de um ano e meio para o seu término qualquer tentativa de recuperá-lo.

Alguns criticam o PMDB por deixar o governo. Outros concordam, pois que se os peemedebistas pensam em lançar candidatura própria à sucessão estadual, já estava mais do que na hora de entregar os cargos que tinha no governo. Mas, como toda a unanimidade é burra – não foi o caso -, já dizia Nelson Rodrigues, ou seja, quem pensa com a unanimidade não precisa pensar, há de se fazer uma reflexão: ora, aos que criticam devo dizer que o presidente da Câmara e presidente estadual do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves, não queria esse rompimento agora. Segundo Henrique, a hora era de ajudar o governo e, claro, o Rio Grande do Norte. Já o ministro Garibaldi Alves, pensava o contrário. No seu imaginário, a governadora Rosalba, a qual ajudou a se eleger, não correspondeu a expectativa da população, daí a necessidade do rompimento que vinha pregando desde o início deste ano.

No final das contas o dilema de ser ou não governo, prevaleceu não ser governo. Diria alguns que o PMDB foi oportunista. Quem na política, seja político ou partido não é oportunista? Temos vários exemplos aqui e além fronteiras. Os que esperavam que o PMDB não rompesse agora e só deixasse pra romper em janeiro, usariam o mesmo discurso: oportunismo. Como rompeu agora e a depender das alianças que venha a fazer esse discurso certamente será esquecido. Fato é que na política as conveniências prevalecem e isso vale para todos, independente de ideologia ou cor partidária.

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