O governo
moribundo do DEM no Rio Grande do Norte começa a procurar “figurantes para o
seu velório”. Diante das exonerações quase que em massa, alguns a pedidos
outros não, diria que o governo da médica pediatra Rosalba Ciarlini vive seus
últimos meses a procura de nomes que possam recompor o seu secretariado. Com o
governo já condenado a morte por rejeição do eleitorado – as pesquisas dizem
isso -, está difícil faltando menos de um ano e meio para o seu término
qualquer tentativa de recuperá-lo.
Alguns criticam o
PMDB por deixar o governo. Outros concordam, pois que se os peemedebistas
pensam em lançar candidatura própria à sucessão estadual, já estava mais do que
na hora de entregar os cargos que tinha no governo. Mas, como toda a
unanimidade é burra – não foi o caso -, já dizia Nelson Rodrigues, ou
seja, quem pensa com a unanimidade não precisa pensar, há de se fazer uma
reflexão: ora, aos que criticam devo dizer que o presidente da Câmara e
presidente estadual do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves, não queria esse
rompimento agora. Segundo Henrique, a hora era de ajudar o governo e, claro, o
Rio Grande do Norte. Já o ministro Garibaldi Alves, pensava o contrário. No seu
imaginário, a governadora Rosalba, a qual ajudou a se eleger, não correspondeu
a expectativa da população, daí a necessidade do rompimento que vinha pregando
desde o início deste ano.
No final das
contas o dilema de ser ou não governo, prevaleceu não ser governo. Diria alguns
que o PMDB foi oportunista. Quem na política, seja político ou partido não é
oportunista? Temos vários exemplos aqui e além fronteiras. Os que esperavam que
o PMDB não rompesse agora e só deixasse pra romper em janeiro, usariam o mesmo
discurso: oportunismo. Como rompeu agora e a depender das alianças que venha a
fazer esse discurso certamente será esquecido. Fato é que na política as
conveniências prevalecem e isso vale para todos, independente de ideologia ou
cor partidária.
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