DO GLOBO
Em abril de 2006, reportagem do GLOBO demonstrou
que, em 2005, deputados haviam gasto da verba indenizatória R$ 41 milhões com
combustível, dinheiro suficiente para adquirir, na época, 20,5 milhões de
litros de gasolina e rodar 2.560.000 quilômetros. Foi um escândalo. O então
deputado Francisco Rodrigues (do PFL de Roraima) era o campeão no consumo de
combustível para rodar seu estado. Mensalmente, apresentava notas de R$ 15 mil
e até de R$ 30 mil. A polêmica cresceu quando o deputado, agora sem mandato na Câmara,
admitiu que usava notas fiscais de postos de combustível para cobrir outras
despesas para as quais não tinha recibo.
Na época, o então presidente da Câmara, Aldo
Rebelo, determinou abertura de investigação. Mas o assunto acabou caindo no
esquecimento. Para tentar frear a farra das notas com combustível, em maio de
2009 a Mesa Diretora da Câmara editou um ato no qual fixou em R$ 4.500 na
ocasião (ou 30% do total da verba) o limite para esse tipo de despesa. E com um
detalhe: se o parlamentar não gastasse todo o dinheiro em um mês, não poderia
compensar no outro.
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