domingo, 11 de agosto de 2013

Na câmara, R$ 41 milhões de combustível

DO GLOBO

Em abril de 2006, reportagem do GLOBO demonstrou que, em 2005, deputados haviam gasto da verba indenizatória R$ 41 milhões com combustível, dinheiro suficiente para adquirir, na época, 20,5 milhões de litros de gasolina e rodar 2.560.000 quilômetros. Foi um escândalo. O então deputado Francisco Rodrigues (do PFL de Roraima) era o campeão no consumo de combustível para rodar seu estado. Mensalmente, apresentava notas de R$ 15 mil e até de R$ 30 mil. A polêmica cresceu quando o deputado, agora sem mandato na Câmara, admitiu que usava notas fiscais de postos de combustível para cobrir outras despesas para as quais não tinha recibo.

Na época, o então presidente da Câmara, Aldo Rebelo, determinou abertura de investigação. Mas o assunto acabou caindo no esquecimento. Para tentar frear a farra das notas com combustível, em maio de 2009 a Mesa Diretora da Câmara editou um ato no qual fixou em R$ 4.500 na ocasião (ou 30% do total da verba) o limite para esse tipo de despesa. E com um detalhe: se o parlamentar não gastasse todo o dinheiro em um mês, não poderia compensar no outro.

No Senado, não há limite para gastos com combustíveis e é permitido que compras e serviços prestados em julho, por exemplo, sejam ressarcidos com notas apresentadas em janeiro do ano seguinte.

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