A comunicação do bem
e o silêncio que entristece
Vivemos o
momento histórico de nossa passagem por este mundo material em que as
comunicações estão presentes em todos os momentos do nosso cotidiano.
Vários
seres podem ficar conectados praticamente o dia todo, tendo instrumentos para
troca de informações via aparelhos que oferecem opções diversas como celulares,
e-mails, facebook, twitter, whatsapp, iPad, iPod, IPhone e muitos outros.
A
comunicação, claro, serve aos interesses das partes e, observamos que seus
caminhos, passam necessariamente por estas vias, que muitas vezes, causa
alegria e/ou tristeza.
Vejamos
no mundo social, onde milito com maior intensidade no momento. Para que uma
obra filantrópica possa acontecer, tenho que necessariamente viver pedindo isso
e aquilo, utilizando muitas vezes estes caminhos da comunicação para que a vida
fique mais prática.
Percebo
que, pelo fato de já ser de domínio público minha condição de pedinte do bem,
grande parte das tentativas de comunicação não são completadas. Exemplo, todo
mundo sabe que quando um aparelho está na chamada de espera, desligado, fora de
área ou um e-mail não volta, a pessoa do outro lado fica sabendo que a pessoa
fez contato.
O normal
é que a pessoa retorne ao menos eu assim faço e é educado que assim o seja.
Como na cabeça das pessoas, não tenho nada a oferecer e sim a pedir, esse
retorno quase nunca acontece. Também é comum demais não atenderem ligações.
O mesmo
não acontece com pessoas que tem algo a oferecer, principalmente no campo
financeiro ou do poder. Duvido que as pessoas não retornem ligações ou e-mails
de pessoas com bons recursos financeiros, outras que podem conseguir ingressos
para shows ou que detenham cargo de poder no aparelho governamental.
O ser
humano, em sua grande maioria, é movido por interesses e, nisso não vai nenhuma
crítica, são apenas observações de um escrevinhador que, vive esse cotidiano de
precisar estar sempre pedindo, misturado com a tristeza de não ver seus apelos
via mídias diversas, obter o mínimo: um retorno, uma satisfação.
Ninguém
tem obrigação de ajudar, de dizer sim, principalmente os empresários que são
assediados diuturnamente por todos os segmentos da sociedade, mas, creio não
custar nada um retorno, um não educado, principalmente quando as partes se
conhecem, como é o meu caso, voltando a repetir que existem exceções que muito
me alegram.
Tem ainda
vários casos de pessoas que prometem ajudar a causa social com isso e aquilo e,
depois somem. Ai precisamos saber, pois muitas coisas são divulgadas e ai a
pessoa não retorna, não dá uma satisfação, deixando o gestor social numa
situação complicada, pois a sociedade fica pensando que aquela organização
recebe muito apoio e que não precisa mais.
Não é
ético que se divulgue o valor das ajudas e muitas vezes fazemos mais barulho
com as doações que o valor material que elas representam, passando a falsa impressão
de que estamos muito bem em termos bancários.
A vida de
quem gravita na gestão de organizações humanitárias e que levam o trabalho a
sério, sem intenções de se locupletar e nem de eleger político ou aumentar
rebanho religioso, é difícil, pois gravita em torno do eterno pedir, das
ingratidões, dos ofícios não respondidos, das ligações não acatadas, dos
e-mails e mensagens diversas não prestigiados, além da necessidade imperiosa de
passar o dia quase todo, tomando decisões e lidando com vários tipos de
personalidades, dos dois lados do espectro social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário