A presidente Dilma Rousseff vetou o
projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que concedia porte de arma,
fora do horário de serviço, a agentes e guardas prisionais, integrantes de
escolta de presos e guardas portuários. Na justificativa, publicada ontem no Diário
Oficial da União, a presidente argumenta que a iniciativa colocaria mais
armas em circulação, “na contramão da política nacional de combate à violência
e em afronta ao Estatuto de Desarmamento”. Categorias ligadas aos setores
reprovaram a atitude de Dilma.
Para o presidente do Sindicato dos
Agentes de Atividades Penitenciários do Distrito Federal (Sindpen-DF), Leandro
Alan Vieira, “a medida veio para fortalecer o crime organizado, que hoje tem
sua sede nas unidades prisionais do país”. Segundo Vieira, foram assassinados
cerca de 2 mil agentes penitenciários nos últimos sete anos no Brasil. Ele
estima que, só no Distrito Federal, entre 350 e 400 profissionais da categoria
estejam sob ameaça de morte. “Por defender a sociedade, vamos pagar com a nossa
vida”, lamenta. Ele reclama ainda que os agentes não foram ouvidos. “Faltou
seriedade nesse processo. Faltou compromisso e conhecimento de causa”, critica.
(Correio Braziliense)
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