O
Brasil perdeu nove posições no ranking mundial de liberdade de imprensa de 2013
publicado hoje (30), pela organização não governamental Repórteres sem
Fronteiras, que tem sede em Paris, na França. De acordo com o levantamento, o
Brasil passou da 99ª posição em 2012 para a 108ª posição da lista, que é
composta por 179 países. Na lista do ano passado, o país já havia caído 41
posições em relação a 2011.
Os
elementos analisados para avaliar o grau de liberdade dos veículos de imprensa
vão desde a violência contra jornalistas até a legislação do setor. O Brasil
tem perdido posições nos últimos anos e a contínua queda foi reforçada, nesta
nova edição do ranking, pela morte de cinco jornalistas brasileiros registradas
no ano passado - o maior número em mais de uma década - e pelos problemas
persistentes no pluralismo da mídia nacional.
''Fortemente
dependente de autoridades políticas no nível estadual, a mídia regional está
exposta a ataques, violência física contra seus profissionais e censura
provocada por ordens judiciais, que também atingem a blogosfera'', diz o texto
do relatório sobre o Brasil, segundo a agência de notícias BBC Brasil.
Os
problemas, segundo o documento, ''foram exacerbados por atos de violência
durante a campanha municipal de outubro de 2012''.
A
entidade criticou o histórico recente do Brasil, alertando que o país,
considerado motor econômico da América Latina, não está correspondendo à altura
de sua importância regional. Na América Latina e no Caribe, Jamaica aparece na
melhor posição, no 13º lugar (avanço de três posições), e a Costa Rica, em 18º
lugar, subiu uma posição. Entre os sul-americanos, o país com a melhor
colocação foi o Uruguai, que ocupa o 27º lugar.
O
Brasil ficou atrás ainda do Suriname (31º), dos Estados Unidos (32º), de El
Salvador (38º), de Trinidad e Tobago (44º), Haiti (49º), da Argentina (54º), do
Chile (60º), da Nicarágua (78º), da República Dominicana (80º), do Paraguai
(90º), da Guatemala (95º) e do Peru (105º). Ficou à frente da Bolívia (109º),
da Venezuela (117º) e do Equador (119º).
Finlândia,
Holanda e Noruega que lideravam o ranking de 2012, como os três países que mais
respeitam a liberdade de imprensa no mundo, mantiveram suas posições na lista
de 2013. Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritreia também mantêm as mesmas
colocações, como as nações que menos respeitam a liberdade de imprensa no
mundo.
De
acordo com a avaliação da organização Repórteres sem Fronteiras, o ranking de
2013 foi menos influenciado pelas revoltas árabes, já que considerou menos
critérios ligados à atualidade política. (Agência Brasil)
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