O amor pleno é a conjugação do instinto, da alma e do
espírito de cada uma das duas pessoas entrelaçadas numa só. O amor pleno,
iluminado pelo espírito e purificado pela alma, vez por outra desce ao instinto
em passeio reconfortante. O tempo rico permanece com os desejos do instinto
enastrados na alma e na mente das unidades humanas que compõe o par.
Não há amor verdadeiro sem o mutualismo dessa compreensão; o
amor que vive apenas do instinto, ou da alma, ou do espírito não é pleno. O
amor pleno e real não aparece para exibir-se; entranha-se no ser humano como a
pérola que se oculta no interior do molusco.
Insisto na convicção de que ninguém é totalmente feliz,
enquanto ser adulto, vivendo só do espírito, da alma ou do instinto. Viver sem
espírito é viver sem nexo, viver sem alma é viver sem plexo e viver sem
instinto é viver sem sexo. Sem embargo, conforme o grau de sua cultura, as
influências do espírito, da alma e do instinto diferem mais ou menos
intensamente em cada ser humano.
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