Depois de sete anos na liderança do
PMDB na Câmara, a provável eleição de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para a
presidência da Casa, no início de 2013, abriu uma disputa acirrada pelo cargo
de líder da bancada. Quase 10% dos deputados peemedebistas estão de olho na
cadeira que Alves só deve desocupar em fevereiro do ano que vem. O debate
antecipado sobre a sucessão na liderança acontece a contragosto do peemedebista
potiguar. E boa parte dos postulantes gostaria que ele não se envolvesse no
processo. “Seria salutar para a bancada, teríamos mais liberdade para discutir
os nosso temas”, disse um dos postulantes, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE).
Henrique Eduardo Alves preferia adiar
o assunto para concentrar-se exclusivamente nas costuras políticas que envolvem
a disputa da presidência da Casa, no ano que vem. Mas, após verem que o atual
líder se reuniu com cinco legendas, deixando pavimentada a sua eleição e tendo
ele recebido o aval da presidente Dilma para suceder o petista Marco Maia
(PT-RS), os demais integrantes da bancada acharam-se no direito de iniciar a
corrida pelos votos entre os colegas de partido.
Pelo menos sete nomes já se
apresentaram como postulantes à vaga: Danilo Forte (CE), Eduardo Cunha (RJ),
Marcelo Castro (PI), Sandro Mabel (GO), Manoel Júnior (PB), Rose de Freitas
(ES) e Osmar Terra (RS). Nenhum deles tem alinhamento automático com o governo
federal. E muitos fazem parte do chamado grupo dissidente do PMDB, que, ao
longo do mandato de Alves, questionava a pouca democracia interna na bancada e
a ausência de debate sobre a participação do PMDB no governo. “Nós queremos
participar mais do debate de políticas públicas, uma das bandeiras de nossa
legenda”, disse Danilo. (Correio Braziliense)
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