segunda-feira, 21 de maio de 2012

Reinan Duarte grava seu primeiro DVD‏

Reinan Duarte lançou, por conta
própria, LP e CD’s, que ao todo já
somam 13 trabalhos fonográficos
Rômulo Estânrley
Repórter

O cantor potiguar Reinan Duarte estará gravando o seu primeiro DVD, nesta segunda-feira, dia 21, às 20h, na sede da Amarn (Associação dos Magistrados do RN), em Macaíba. Será durante os festejos dos seus 50 anos de vida.

O artista, que já lançou treze trabalhos fonográficos, confraternizará a data ao lado de vários amigos, aos quais faz questão de mencionar: juiz aposentado Célio Maia, médico Olímpio Maciel, prefeita Marília Dias e seu esposo Luiz, entre outros.

Reinan adianta que o evento contará com as participações dos cantores Carlos Alexandre Júnior, Messias Paraguai e Fernando Luna, além do apresentador Ciro Robinson (do Patrulha Policial).

Ele sempre foi um ativista cultural da área fonográfica. Notabilizou-se com o forró cantado em paródias e sátiras do dia a dia. Trata-se de um artista popular que fala a língua do povo. Reinan conseguiu cacife para gravar seus discos através do bom desempenho dos shows que fez pelo interior, onde se encontra seu público cativo. Chegou a viajar mais de mil quilômetros por empreitada e gasta do próprio bolso para fazer a divulgação dos seus trabalhos.

Filho de Manoel Bento da Silva e Maria de Lourdes Campos, ambos falecidos em 2000 e 2011, respectivamente, Reinan Bento da Silva nasceu no dia 21 de maio de 1962, na Maternidade Januário Cicco. Adotou o nome artístico de Reinan Duarte em homenagem ao sobrenome de um bisavô. No futebol, nutre uma paixão pelo América Futebol Clube, que vem desde a infância. “Eu tive tudo para ser abecedista por causa do meu tio, Sebastião Bento, mas me tornei americano desde menino”, disse.

Seus primeiros estudos foram realizados em estabelecimentos do bairro do Alecrim, como as escolas estaduais Professor João Tibúrcio (primário) e Padre Miguelinho (ginásio), dando seqüência na Almirante Ary Parreiras, da Marinha. A vocação para a música começou a se manifestar ainda criança, participando de eventos festivos das escolas em que estudou. Talvez a vocação pela música tenha herdado do seu pai, o seresteiro Manoel Bento, o “Velho Duca”.

Em 1982, serviu o Exército, no Batalhão Itapiru (16 RI). Um ano depois, iniciou profissionalmente como cantor de serestas em bares noturnos da capital. Após isso, foi cantor das bandas “3001” e “Xavantes”. E não demorou muito para que Reinan fizesse sua primeira gravação, em 1985: o compact disc com as canções “Tormento” (lado A) e “Cigana” (lado B). A produção foi feita em Recife/PE, no estúdio Somax, com 16 canais analógicos, acompanhado da banda Trepidant’s.

Depois desse primeiro registro, fez viagens para divulgação de norte a sul do país, passando inclusive pelo antigo Programa do Bolinha, em 1987. Ao retornar para Natal, dedicou dois anos para preparar o seu segundo trabalho solo: um LP com dez faixas, gravado em 1990, novamente no Somax, intitulado “Homenagem Brasileira”.

Entre as canções deste trabalho, destaque para a salsa “Remexendo o bum-bum”, que é uma adaptação de Reinan Duarte e Oséias (na época, o dono da banda Oséias e seus Metais).

E, ao fazer a divulgação do LP, a vida profissional de Duarte teve sua primeira reviravolta. Ele foi convidado para coordenar o programa de auditório “Super J. Show”, com duas horas de duração na emissora de TV “O Norte”, em João Pessoa/PB, no início dos anos 90.

Por conta disso, o cantor passou a concentrar suas atenções à função de diretor artístico, que, segundo ele, contribuiu para sua carreira profissional, uma vez que teve oportunidade de trabalhar com artistas nordestinos consagrados, como Reginaldo Rossi, Luiz Caldas, Genival Lacerda, entre outros.

Reinan Duarte relembra que as gravações do programa, que duravam 5 horas, eram feitas no Espaço Cultural (Teatro da Arena), que depois passaram a ser feitas nos bairros da capital da Paraíba.

Com a sua saída do programa televisivo, em 1995, veio o convite para participar da banda Arroz Doce, com quem gravou, em 1997, “Se ainda existe amor”, de Raul Seixas, uma produção independente que batizou de Forró Verão (pela gravadora Zan Brasidisc); e participou de shows “kronner” da banda de forró Cebola Ralada. As duas bandas pertenciam ao empresário Lula, também de outra conhecida trupe, a Raio de Luz. Após a divulgação desse trabalho, o artista participou de três faixas no disco da Banda Signos.

Em 1998, lançou o segundo volume da Forró Verão, com pout-porrir em homenagem a Paulo Sérgio; e “O Papa do Brega”, em 1999.

O cantor e compositor conheceu Emília de Lourdes Bento, com se casou no ano 2000 e lhe presenteou com a filha Amélia Beatriz, de 8 anos. Duarte sempre procurou ser um artista completo. Anos atrás, se especializou no ramo técnico de gravações, chegando a possuir um estúdio de CD, em Natal. Seu nome consta no Dicionário da Música do Rio Grande do Norte (2001), da pesquisadora Leide Câmara.

ROMÂNTICO POPULAR

Reinan Duarte enfatiza que seu estilo musical é o romântico popular, que abrange todas as camadas sociais. Mas critica o termo “brega”, que, segundo ele, foi convencionado pela elite, a quem acusa de ser hipócrita, de chamar o estilo desta forma, discriminando-o. “A classe de poder aquisitivo maior, quando quer curtir esse tipo de música, que rotulou de ‘brega’, leva os artistas para teatros, mansões, casas de praia, como já levaram vários, e cobram preços altíssimos”, desabafou o artista.

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