sexta-feira, 25 de maio de 2012

Júlio Protásio acusa Micarla de "operar" para desaprovar contas de ex-prefeito

Foto/Divulgação
O líder do PSB na Câmara Municipal do Natal, vereador Júlio Protásio, acusou a prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), de "operar" na votação que desaprovou as contas referentes ao exercício de 2008 do ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT). O vereador acusou Micarla de Sousa de pressioná-lo para votar contra as contas do ex-prefeito e, após a votação, a prefeita teria determinado uma "varredura" nas secretarias do município para demitir todos os que tivesse ligação ou apoiassem os vereadores Franklin Capistrano e Júlio Protásio. O parlamentar garantiu que vai acionar o Ministério Público e a Justiça Eleitoral contra a prefeita e que o PSB vai tomar uma atitude com os vereadores que votaram pela desaprovação das contas.

De acordo com Júlio Protásio, as exonerações de diversas pessoas ligadas a ele e Franklin Capistrano foram publicadas no Diário Oficial de hoje (25). Júlio Protásio acusou o vice-presidente da Funcarte, Edson Soares, de ligar para a mulher do vereador e perguntar se uma pessoa lotada no setor era ligada a Franklin Capistrano. "Ele disse que a orientação era exonerar todos os cargos ligados a Júlio e Franklin", acusou Protásio.

A suposta perseguição, segundo Júlio Protásio, ocorreu porque ele e Franklin Capistrano não seguiram a orientação da prefeita. Júlio Protásio garantiu que Micarla de Sousa, há cerca de 40 dias, solicitou que o parlamentar votasse pela desaprovação das contas. No entanto, após a negativa de Protásio, ela enviou um interlocutor para convencer Júlio Protásio a mudar de posicionamento.

O secretário de Planejamento de Natal, Antônio Luna, teria sido o indicado por Micarla para convencer Júlio Protásio a votar pela desaprovação das contas do ex-prefeito de Natal. De acordo com o vereador, ele e Luna já haviam se encontrado várias vezes anteriormente, mas para tratar acerca do pagamentos atrasados a fornecedores da Prefeitura. Porém, em um encontro supostamente realizado por intermédio de Micarla, Luna teria solicitado que Júlio Protásio votasse contra as contas de Carlos Eduardo e perguntado o que poderia fazer para que o parlamentar mudasse de posicionamento.

Júlio Protásio disse que o razoável para se entender com uma proposta como essa seria referente a questões financeiras ou cargos comissionados. "A decisão que foi dita como técnica, hoje foi comprovada que foi política, e não técnica. Excetuo (Fernando) Lucena, Luís Carlos e Assis (Oliveira), que acho que votaram sem pressão do Governo", disse Protásio.

O vereador garantiu que vai acionar a Justiça Eleitoral e o Ministério Público contra a prefeita e contra Antônio Luna. Outra atitude, esta do partido, terá como alvo os vereadores Bispo Francisco de Assis e Adenúbio Melo, que votaram contra a prestação de contas de Carlos Eduardo.

"Não é justo que tenhamos uma aliança, façamos uma aliança proporcional, e vereadores que votaram pela inelegibilidade subam no mesmo palanque e sejam beneficiados por essa aliança. A presidente (Wilma de Faria) determinou e a executiva municipal vai tratar sobre isso nessa semana", garantiu Protásio. (Tribuna do Norte)

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